A HOMOGENEIZAÇÃO DA IDENTIDADE CULTURAL DA RAÇA NEGRA E AS CONTRIBUIÇÕES DOS ESTUDOS CULTURAIS

Autores

  • Jefferson Lindberght de Sousa FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO
  • José Luiz Gomes da Silva Museu do homem do Nordeste/ Fundação Joaquim Nabuco

DOI:

https://doi.org/10.33148/CES25954091V36n1(2021)1864

Palavras-chave:

Política da diferença, Política da identidade, Organizações museais.

Resumo

A partir da questão de pesquisa - como está representada a raça negra na primeira exposição permanente do Museu do Homem do Nordeste? - surge o pressuposto da prevalência de uma política de identidade em detrimento de uma política da diferença na representação da raça negra na primeira exposição permanente do Museu do Homem do Nordeste. Sob a orientação pós-estruturalista, a teoria da identidade e da diferença norteia este estudo apoiado em Hall (1997; 2006; 2008), Silva (2007) e Woodward (2007). Com a abordagem metodológica interpretativista e estratégia de pesquisa a Análise de Discurso realizadas em transcrições de ex-servidores e produções bibliográficas institucionais, nossas considerações finais trazem o predomínio da política de identidade e contribuições em Administração, Ciência Política, Museologia e Educação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jefferson Lindberght de Sousa, FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO

Graduado em Administração/Ufpe; Especialiosta em Gestão Cultural dos Estados do Nordeste; Mestre em Administração/Ufpe

José Luiz Gomes da Silva, Museu do homem do Nordeste/ Fundação Joaquim Nabuco

Graduado em Pedagogia/Ufpe; Especialista em Filosofia/Ufpe; Mestre em Ciência Política/Ufpe

Referências

BARKER, C.; GALASINSKI, D. Cultural studies and discourse analysis. Sage Publications Ltd. 2001.

BAUDRILLARD, J. Simulations. New York: Columbia University Press, 1983.

BAUER, M. W.; AARTS, Bas. A Construção do Corpus: Um Princípio para a Coleta de Dados Qualitativos. In: BAUER, Martin W.; GASKELL, George. Pesquisa Qualitativa com Texto, Imagem e Som: um manual prático. Petrópolis, Rj: Vozes, 2002.

BRANDÃO, H. H. N. Introdução à análise do discurso. Campinas, SP.:Editora da Unicamp. 2004.

COSTA, A. de S. M.; VERGARA, S. C. Estruturalista, pós-estruturalista ou pós-moderno? Apropriações do pensamento de Michel Foucault por pesquisadores da área de Administração no Brasil. In.: Revista Eletrônica Gestão e Sociedade. v.6.n.13.p.69-89. 2012.

CRESWELL, John W. Projeto de pesquisa: método qualitativo, quantitativo e misto. 3ª. Ed. Tradução de Magda Lopes. Porto Alegre: Artmed, 2010.

CRESWELL, John W. Qualitative inquiry and researh design: choosin among five approaches. Thousands Oaks: CA. Sage.2007.

CRUZ, H.V.; CASTRO, E.J. Dona Santa e Maracatu Elefante: memórias e musealização de um reinado. In.: Maria Elisabete Arruda de Assis; Tais Valente dos Santos, (Org.). Memória feminina: mulheres na história, história de mulheres. 1 ed. Recife. Ed. Massangana. v.1. 2016. p.194-219.

DAVIS, Aeron. Investingating cultural producers. In.: PICKERING, M. Reseachers Methods for Cultural Studies . Edinburgh University Press. p. 56-57.2008.

DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, p. 15-41. 2010.

DOSSE, F. A história do estruturalismo. Santa Catarina: Edusc. v.1.2007.

FAIRCLOUGH, N. Discurso e mudança social. Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília, 2001.

FERNANDES, C.A. Analise do discurso: reflexões introdutórias. Editora Claraluz. 2008.

FLICK, Uwe. Uma introdução à pesquisa qualitativa. Trad. Sandra Netz. 2. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2004.

FREYRE, G.de M. Importância didática de um museu. In.: O Cruzeiro. Rio de janeiro, 1963.

GIDDENS, A. The consequenses of modernity. Cambridge: Polity Press, 1990.

GIDDENS, A. Estruturalismo, pós-estruturalismo e a produção da cultura. In: GIDDENS, A.; TURNER, J. Teoria Social Hoje. São Paulo: UNESP, 1999.

GILL, R. Análise de discurso. In: BAUER, M W.; GASKELL, G. (edt.). Pesquisa Qualitativa com Texto, Imagem e Som: um manual prático. Petrópolis: Vozes, p. 244-270. 2008.

HALL, S. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora Ufmg. 2008.

HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. 11. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.

HATCH, Mary Jo; CUNLIFFE, Ann L. Organization theory: modern, symbolic and postmodern perspectives. Oxford university press, 2012.

HARVEY, D. The condition of post-modernity. Oxford: Oxford University Press, 1989.

JOHNSON, R. O que é, afinal, estudos culturais? In.: SILVA T.T. (Org e Tra) O que é, afinal, estudos culturais?3.ed.Belo Horizonte: Autêntica.2006.

JUCÁ, Joselice. Fundação Joaquim Nabuco: uma instituição de pesquisa e cultura na perspectiva do tempo. Recife, Editora Massangana, Fundaj, 1991.

LACLAU, E.; MOUFFE, C. Hegemony and Socialist Strategy: Towards a Radical Democratic Politics. London: Verso, 1985.

LACLAU, E. New reflections on the resolution of our time. Londres, Verso. 1990.

LINCOLN, Y. S.; GUBA, E.G. Controvérsias paradigmáticas, contradições e confluências emergentes. In: DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, p. 169-192. 2010.

MAINGUENEAU, D. Discurso e Análise do Discurso. São Paulo: Parábola Editorial, 2015.

MINAYO, Maria C. Souza. O Desafio do Conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 11. ed. São Paulo: Hucitec, 2008.

OLIVEIRA, A. de; CHAGAS, M. de S. Uma experiencia tropical: el Museo del Hombre del Nordeste. In.: Museum: Museos etnograficos: principios y problemas. Paris. Unesco.v. XXXV. n. 3. 1983.

ORLANDI, E.P. A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso. 2.ed.Campinas, Pontes, 1987.

ROSE, D. Análise de imagens em movimento. In: BAUER, M. W.; GASKELL, G. Pesquisa Qualitativa com Texto, Imagem e Som: Um manual prático. 2 ed. Petrópolis (RJ): Vozes, 2002, cap. 14, p. 343-364.

RUOSO, C.; CRUZ, H. de V. Notas sobreo arquivo institucional do Museu do Homem do Nordeste da Fundação Joaquim Nabuco (Recife, Pernambuco). In.: I Seminário Brasileiro de Museologia, BH, Minas Gerais, 2014.

SARDAR, Z; LOON, B.V. Estudios culturales para todos. Paidós, Barcelona. 2005.

SARDINHA, A.B. Corpus linguistics: history and problematization. In.: Delta. V.16.n.2. p.323-367.2000.

SAUKKO, Paula. Doing Research in Cultural Studies: an introduction to classical and new methodological approaches. London: Sage publications: 2003.

SILVA, T. T. A produção social da identidade e da diferença. In:_____(org). Identidade e diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais. 8. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

SINCLAIR, J. Corpus, concordance, collocation. Oxford: Oxford University Press.1991.

SOUSA, J.L.; PAIVA JÚNIOR, F.G. Empreendendo no setor público: a dinâmica da Fundação Joaquim Nabuco. Recife, Editora Massangana. 2012.

STAKE, R. E. Investigación com estúdio de casos. 2ª. Ed. Madrid: Ediciones Morata, S. L. 1999.

TOLBERT, P. S.; ZUCKER, L. G. A institucionalização da teoria institucional. In CLEGG, S.; HARDY, C.; NORD, W. Handbook de estudos organizacionais. São Paulo: Atlas, 1998. Vol. 1.

WILLIAMS, James. Pós-estruturalismo. Vozes, Petrópolis, RJ. 2013.

WOODWARD, K. Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: SILVA, T. T (org). Identidade e diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais. 8. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

Downloads

Publicado

07/12/2021

Como Citar

Sousa, J. L. de, & da Silva, J. L. G. (2021). A HOMOGENEIZAÇÃO DA IDENTIDADE CULTURAL DA RAÇA NEGRA E AS CONTRIBUIÇÕES DOS ESTUDOS CULTURAIS. Cadernos De Estudos Sociais, 36(1). https://doi.org/10.33148/CES25954091V36n1(2021)1864

Edição

Seção

Artigos - Temas livres (CHAMADA REGULAR)