POLÍTICA DE MOBILIDADE DO RECIFE: ATORES SOCIAIS, ESPAÇOS E ESTRATÉGIAS DE EXERCÍCIO DE PODER
DOI:
https://doi.org/10.33148/CES2595-4091v.34n.120191739Palavras-chave:
Políticas Públicas, Mobilidade Urbana, Desenvolvimento Urbano, Sociologia PolíticaResumo
Este trabalho buscou investigar o processo de definição da Política de Mobilidade Urbana da Região Metropolitana do Recife, através da análise da interação entre Estado e demais atores sociais. Tratou-se de uma pesquisa eminentemente qualitativa, delineada em um estudo de caso único. Contou com o levantamento de dados documentais e notícias da imprensa, além de dados provenientes da observação realizada de maneira direta. Os dados foram analisados à luz do ferramental teórico-metodológico do Neoinstitucionalismo Sociológico, combinado com a Teoria da Estruturação, de Anthony Giddens. Como resultados empíricos, foram identificados os principais atores que participam de alguma maneira da negociação da política local, bem como seus papéis específicos na disputa cotidiana. Em seguida, foram mapeados os espaços de negociação em que os indivíduos atuam e a função que cada espaço desempenha na definição da política de Mobilidade Urbana. Por último, são identificadas algumas das principais estratégias (formais e informais) de exercício do poder relativas à Política de Mobilidade Urbana na Região Metropolitana do Recife. O estudo explicitou características peculiares do processo político em torno da Política de Mobilidade Urbana da região Metropolitana do Recife, mas que são úteis para entender o processo de interação entre o Estado e demais atores sociais em torno de outras políticas públicas, evidenciando a configuração desigual na distribuição do poder entre os atores (devido aos recursos alocativos e/ou de autoridade que estão à sua disposição), bem como as estratégias desenvolvidas por eles no decorrer do processo democrático.
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