Power and rape in the Amazon forest: what can we learn from indigenous peoples? (Poder e estupro na floresta amazônica: o que podemos aprender dos povos indígenas?)

Resumo

RESUMO Estuda a relação entre poder e estupro através de alguns casos entre as sociedades indígenas da bacia amazônica. Sugere que o estupro pode servir como indicador para a avaliação do grau do conflito nas relações entre os sexos. Mostra que, apesar do que parece constituir uma tendência universal à dominação masculina, os padrões de dominação variam de cultura para cultura. Como conclusão, defende a importância dos estudos antropológicos locais para a compreensão do problema global da violência contra as mulheres, e sugere que o conhecimento derivado de tais estudos pode contribuir para uma melhor compreensão da dialética do gênero nas sociedades modernas. ABSTRACT Power and rape in the Amazon forest: what can we learn from indigenous peoples v. 25, n. 1, p. 39-56, jan./jun. 1997. Studies the relationiship between power and rape, taking into account some cases among Indigenous societies in the Amazon Basin. Suggests that rape can serve as an index to assess the different degrees of conflict between the sexes. Shows that, despite what seems to be a universal tendency for male dominance, the patterns of dominance vary from culture to culture. Concluding, argues that local anthropological studies are relevant to understand the global problem of violence against women, as well as a valuable source of insights to the dialetics of gender in modern societies. RÉSUMÉ Pouvoir et viol à la forêt amazonique: ce que nous pouvons apprendre des indiens. v. 25, n. 1, p. 39-56, jan./jun. 1997. L’auteur analyse la relation entre pouvoir et viol à travers quelques études de cas dans les sociétés indiennes de la région amazonique et suggère que le viol peut servir comme indicateur pour mesurer le dégre de conflit dans les relations entre les sexes. Malgré la tendance universelle de la domination masculine, les modèles de domination varient selon les cultures. Il défend l’importance des études anthropologiques pour la compréhension du problème de la violence contre les femmes et suggère que ces études peuvent contribuer à une meilleure compréhension de la dialectique du genre dans les sociétés modernes.