Representações sociais dos riscos de desastres em Petrópolis – Rio de Janeiro, segundo seus moradores
DOI:
https://doi.org/10.33148/ctrpico.v49i2.2679Resumo
Esta pesquisa teve como objetivo analisar o conteúdo e a estrutura das representações sociais do risco de desastre em Petrópolis (Rio de Janeiro), segundo moradores do bairro Alto da Serra, utilizando a teoria das representações sociais de Serge Moscovici e, em especial, a teoria do núcleo central de Jean-Claude Abric. O instrumento de pesquisa foi um questionário com teste de associação livre de palavras para o termo indutor “risco de desastres em Petrópolis”, perguntas exploratórias sobre o tema e caracterização do grupo pesquisado. A pesquisa foi realizada com 100 moradores do bairro do Alto da Serra, em Petrópolis, (o bairro mais afetado pelos desastres de 2022, com 93 vítimas fatais). A análise de dados realizada foi a prototípica para identificação da estrutura e dos conteúdos presentes no provável núcleo central e no sistema periférico da representação social, utilizando o software Iramuteq. As demais questões passaram por análise descritiva. Na análise prototípica para o termo indutor “risco de desastres em Petrópolis”, as cognições que emergiram no provável núcleo central dessa representação foram “medo”, “desespero”, “enchente” e “desabamento”. Concluímos que as representações sociais têm o provável núcleo central formados por emoções e sentimentos negativos, demonstrando um conhecimento afetivo em relação ao risco de desastres, que parece indicar dificuldade de lidar com eles, sendo os mais comuns, em Petrópolis, as enchentes e os desabamentos. Parece-nos que faltam ação e protagonismo por parte dos participantes para lidar com a questão, restando-lhes apenas sentir e reconhecer as fontes de risco.
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