CRIMES E FRAUDES ELETRÔNICOS: PERSPECTIVAS DE AÇÕES EMPRESARIAIS ADOTADAS POR INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Autores

  • Ana Cristina Azevedo Pontes de Carvalho Universidade Presbiteriana Mackenzie
  • Raquel Cymrot
  • Eduardo Pozze
  • Roque Theophilo Junior

Palavras-chave:

Fraudes eletrônicas. Melhoria de processo. Predição. Variáveis sócio-econômicas.

Resumo

O presente artigo discorre sobre crimes eletrônicos que envolvem as instituições financeiras bancárias, abordando alguns métodos que os criminosos se utilizam para fraudar essas instituições. O objetivo do trabalho é analisar estatisticamente os crimes e fraudes eletrônicos dessa espécie ocorridos em 2009 na cidade de São Paulo,estudando  suas características e fazendo a relação espacial, temporal e preditiva desse tipo de crime nas instituições financeiras bancárias, tendo em vista relacionar as características das fraudes e o modo como afetam, principalmente, essas instituições. A metodologia baseia-se em uma pesquisa de caráter qualitativo e exploratório, precedida de uma pesquisa documental para o levantamento de conceitos que embasaram a revisão bibliográfica. Os resultados identificaram a influência das variáveis região, mês e faixa horária nas condutas pesquisadas, estabelecendo-se a relação espacial e temporal com base nos testes de independência, e geraram um modelo estatístico de previsão para os crimes de fraudes eletrônicas bancárias, o qual se mostrou adequado para a previsão de ocorrências, conhecendo-se a região, o mês e a faixa horária, podendo estimar com maior probabilidade de acerto se ocorrerão crimes de fraude eletrônica ou não. Concluiu-se pela existência de relação entre algumas variáveis e os crimes de fraude eletrônica, a qual demonstra ser possível a adoção de métodos preventivos, podendo embasar projetos de lei junto à Câmara dos Deputados, assim como levar essas instituições a agir de maneira preventiva e coerente com relação aos crimes de fraudes eletrônicas, a fim de inibir este tipo de criminalidade dentro das instituições financeiras bancárias.

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Biografia do Autor

Ana Cristina Azevedo Pontes de Carvalho, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Autora do livro Marco Civil da Internet no Brasil: Análise da Lei n.º 12.965/14 e do Direito de Informação, é doutora em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, mestre em Direito Internacional pela USP, especialista em Direito Tributário pela PUC/SP e bacharela em Direito pela UFPB. Coordena a Especialização em Computação Forense do Mackenzie, ministrando aulas de Direito nos cursos de graduação em Ciência da Computação, Sistemas de Informação, Engenharia Civil, Engenharia de Materiais, Engenharia de Produção e Engenharia Mecânica. É também professora convidada do Centro Universitário da Grande Dourados e da Escola Paulista de Direito. Como advogada, atua na área de Direito da Tecnologia da Informação

Raquel Cymrot

Graduação em Bacharelado em Estatística pela Universidade de São Paulo (1981) e mestrado em Estatística pela Universidade de São Paulo (1985). Atualmente é professora em regime de período integral da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua principalmente nas seguintes áreas: Planejamento de Experimentos, Análise de Regressão, Estatística não paramétrica e Controle Estatístico de Processos. Realiza trabalhos multidisciplinares em áreas como: sustentabilidade, educação, urbanismo, distúrbio do desenvolvimento, engenharia elétrica e de produção. É membro do Comitê de Ética em Pesquisa - Humanos da Universidade Presbiteriana Mackenzie e coordenadora da Comissão de Ética da Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Eduardo Pozze

Graduação em Engenharia de Produção pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2010) e Pós-graduação em Business Intelligence pelo Instituto Brasileiro de Tecnologia Avançada (2013). Atualmente é analista de prevenção a fraudes e atos ilícitos. Atua principalmente nas áreas de Políticas e Processos de Segurança Corporativa voltados à Prevenção a Fraudes, Atos Ilícitos e Lavagem de Dinheiro. Realiza trabalhos com o objetivo de disponibilizar informações gerenciais e executivas para subsidiar a tomada de decisões e auxiliar na redução de fraudes em instituições financeiras.

Roque Theophilo Junior

Bacharel em Direito, com Especialização em Direito Político, Administrativo e Financeiro pela Universidade de São Paulo, Graduado em Engenharia Elétrica e Bacharel em Administração pela Universidade Mackenzie. É Mestre e Doutor pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, fundamentando sua tese no tema: Telecomunicações, Globalização e Privatização Fundamentos Holísticos do Caso Brasileiro. Foi Diretor da Escola de Engenharia, Coordenador de Curso da Faculdade de Direito, Corregedor Geral e Chefe de Gabinete da Reitoria da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Conselheiro e Presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Estadual de Educação de São Paulo. Professor Titular da Faculdade de Direito de Universidade Presbiteriana Mackenzie e Advogado em São Paulo.

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Publicado

06/12/2015

Como Citar

Carvalho, A. C. A. P. de, Cymrot, R., Pozze, E., & Theophilo Junior, R. (2015). CRIMES E FRAUDES ELETRÔNICOS: PERSPECTIVAS DE AÇÕES EMPRESARIAIS ADOTADAS POR INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS. Cadernos De Estudos Sociais, 30(1), 95–127. Recuperado de https://periodicos.fundaj.gov.br/CAD/article/view/1495

Edição

Seção

Artigos - Temas livres (CHAMADA REGULAR)