Governo Goulart: a democracia num equilíbrio instável

Autores

  • Letícia Ramos

Resumo

Este artigo pretende discutir a tese da inevitabilidade da Revolução/golpe de 64. Partindo das reflexões de alguns autores, entre eles, René Dreifuss, para quem o golpe teria sido produto de um amplo e bem-elaborado plano de conspiração. Tentou-se demonstrar as insuficiências analíticas de tais afirmativas, baseando-se no modelo de Democracia de Adam Przeworski. Em seguida, a partir das observações de Argelina Figueiredo, destacou-se “as oportunidades perdidas” por Goulart e seus aliados para manter a Democracia com reformas. Mais adiante, destaca-se a visão dos militares sobre a Revolução, na tentativa de constituir a lógica militar sobre aquele período e fazer uma leitura renovada daquela época. This article intends to discuss the theses on the inevitability of the Revolution/coup of 1964 in Brazil. Departing from the reflexion of some authors, among them René Dreifuss, for whom the coup had been the product of a widespread and well-prepared conspiracy. The paper attempts to demonstrate the analytic insufficiency of such affirmations, basing on the model of Democracy by Adam Przeworski. Considering Angelina Figueiredo’s observations, the paper discusses the “lost opportunities” by Goulart and his allies for maintaining Democracy with reforms. Furthermore, the vision of the military about the Revolution is analyzed, in an attempt to capture the logic of the military in that period, doing a further reading of that period.

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Publicado

06/06/2011

Como Citar

Ramos, L. (2011). Governo Goulart: a democracia num equilíbrio instável. Cadernos De Estudos Sociais, 12(1). Recuperado de https://periodicos.fundaj.gov.br/CAD/article/view/1182

Edição

Seção

Artigos - número 2