Invisibilidade do Rio Taquari/Rio Grande do Sul (RS)
história ambiental e vulnerabilidade aos eventos hidrológicos extremos
DOI:
https://doi.org/10.33148/ctrpico.v49i2.2673Resumo
Este artigo visou analisar como o processo histórico de uso e ocupação humana nas áreas ribeirinhas do Rio Taquari/ Rio Grande do Sul (RS) contribuiu para construir a vulnerabilidade a desastres hidrológicos. A pesquisa baseou-se na perspectiva da história ambiental, com foco nos processos de ocupação humana nas margens do Rio Taquari que levaram ao desmatamento, principalmente da mata ciliar, bem como processos erosivos fluviais e de assoreamento. A área de estudo abrange os municípios ribeirinhos do seu curso principal que foram severamente atingidos pelos desastres 2023 e 2024. Identificou-se que os principais processos de supressão da mata para comercialização da madeira e ocupação e uso agropecuário ocorreu primeiramente no início do século XIX, quando sesmarias foram divididas em fazendas e depois no período de colonização alemã e italiana, na metade do século XIX e início do XX. A degradação do território pode ter contribuído para agravar os desastres hidrológicos, especialmente na quantidade de lama e madeira transportada pela água e no assoreamento do Rio Taquari. Contudo, as ações realizadas em relação aos desastres de 2023 e 2024 ainda se enquadram no pensamento desenvolvimentista do passado como, por exemplo, ao focar na recuperação da navegabilidade do Rio Taquari em vez de recuperação da qualidade das suas águas e de sua mata ciliar.
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