Quem sente na pele os efeitos das mudanças climáticas?
A relação entre o estresse térmico e a ocorrência de dermatoses ocupacionais em trabalhadores brasileiros (2006-2024)
DOI:
https://doi.org/10.33148/ctrpico.v49i2.2667Resumo
As mudanças climáticas, associadas ao fenômeno do estresse térmico, causam impactos negativos à saúde dos trabalhadores, às organizações, à economia e à saúde pública. Dentre as doenças que podem ser impactadas pelo estresse térmico, está a dermatose ocupacional. A presente pesquisa tem o objetivo de analisar o perfil dos trabalhadores mais afetados pela dermatose ocupacional no Brasil entre 2006 e 2024. Para atingir esse objetivo, foi realizada uma análise com base nos dados disponibilizados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), identificando os grupos mais afetados pela doença. O estudo apresenta uma abordagem predominantemente qualitativa. As variáveis utilizadas para a análise foram as seguintes: sexo, raça, faixa etária, escolaridade e ocupação. Os resultados indicam que o maior percentual de trabalhadores afetados pelas dermatoses ocupacionais é composto por pessoas do sexo masculino, não brancos, com faixa etária entre 20 e 39 anos e com Ensino Fundamental incompleto. As cinco ocupações mais afetadas pelas dermatoses são as seguintes: pedreiro, trabalhador agropecuário, faxineiro, técnico de enfermagem e servente de obras. Conclui-se que as ocupações mais afetadas pelas dermatoses são as que realizam tarefas ao ar livre e que, portanto, estão expostas ao calor excessivo.
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