Conhecimento “com” ou “sobre” os outros?
a horizontalização dos saberes inter-epistêmicos na pesquisa antropológica e escrita etnográfica
DOI:
https://doi.org/10.33148/cetropicov46n1(2022)art4Resumo
Este artigo, influenciado por pensadores da chamada “virada ontológica na antropologia”, apresenta um modelo teórico-metodológico constituído a partir de relações horizontalizadas nos campos da teoria etnografia e pesquisa antropológica. Ao analisar a literatura especializada sobre este liame entre atores sociais e pesquisadores, observa-se que “textualistas” afirmam que os escritos são confeccionados apenas por eles - mesmo quando se usam os nomes dos nativos, estão apenas confirmando as ilustrações dos analistas; já os “pós-sociais” acreditam que há outras formas de textualização etnográfica que foge da lógica de coautores como coeditores monológicos (dialética do crítico-literário), quebrando a conexão da troca desigual. Contrastando essas abordagens divergentes; como tornar os métodos etnográficos e antropológicos o resultado de uma negociação construtiva, composta por alocuções que não estejam apenas relacionados dialogicamente no discurso, mas também nos produtos das pesquisas? No texto, apresentam-se as problemáticas levantadas sobre estas relações de poder que historicamente caracterizam o estudo antropológico e a construção etnográfica entre os diferentes agentes.
Palavras-chave: Virada ontológica. Antropologia colaborativa. Teoria etnográfica. Pesquisa antropológica.
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