A sociologia rural no Brasil I

Autores

  • José Arthur Rios

Resumo

RESUMO A evolução da sociologia rural é analisada aqui com suas condições favoráveis e desfavoráveis. Desde a descrição do processo evolutivo das 4 fases da sociologia, até aos problemas relativos à agricultura, a colonização e o destino da grande lavoura. Na 1ª fase podemos caracterizar alguns verdadeiros precursores da sociologia rural. A 2ª fase no séc. XIX, tomou grande impulso como resultado da maturidade política do país. Os problemas surgidos deram margem ao aparecimento de linhas de reflexão, e uma delas era a substituição do trabalho servil pelo livre. Esses temas foram tratados por pensadores, publicistas e panfletários. Na 3ª fase, surgiu o movimento positivista no Brasil. Esse movimento levantou na Europa a questão social através de Comte e, no Brasil, seus adeptos fizeram eco a essas idéias. Esse movimento encontrou concorrente em outra doutrina, o evolucionismo de Spencer. Porém foi com o movimento modernista que a sociologia tornou-se ciência através das obras de nossos escritores e poetas que passaram a se voltar para o mais genuíno em nossa vida social. Desde então, a sociologia rural passou a encarar os problemas rurais de maneira científica. No momento, o processo de mudança social que o Brasil atravessa favorece as ciências sociais, especialmente a sociologia. Essa mudança afetou sobretudo as cidades deixando o campo quase intocado, mas influiu na administração e no sistema universitário. Com a criação e atuação de vários órgãos administrativos, como a Sudene, Sudam, Incra e outros, deu-se mais atenção ao meio rural e seu desenvolvimento. À medida que se toma consciência da importância da organização social, o papel do sociólogo torna-se mais decisivo nos projetos que dizem respeito à agricultura, à vida rural e seu desenvolvimento. ABSTRACT The rural sociology in Brazil I. v. 6, n. 1, p. 7-88, jan/jun. 1978. The evolution of the rural sociology is analysed here with its favorable and unfavorable conditions, since the description of the evolutive process of the four phases of sociology, until the problems related to agriculture, colonization and destiny of the great tillage. In the first phase we can characterize some true precursors of the rural sociology. The second phase in the XIX century, was developed as a result of the political maturity of the country. The problems that appeared gave place to the appearing of reflection lines, and one of these was the replacement of the subservient work by the free one. These themes were treated by thinkers, publicists and pamphleteers. In the third phase the positivist movement in Brazil appeared. This movement raised the social problem in Europe through Comte’s ideas and in Brazil its followers repeated those ideas. This movement met a competitive one in another doctrine, the Spencer´s evolutionism. But, it was with the modernist movement that sociology became a science through the works of our writers and poets who passed to observe the more authentic aspect of our social life. Since then, the rural sociology began to face scientifically rural problems. In our days, the process of social change that Brazil passes through, helps the social sciences specially sociology. This change affected above all the cities leaving the country place almost untouched, but it influenced in the administration and in the universitarian system. With the creation and actuation of several administrative organs, as Sudene, Sudam, Incra and others, more attention was given to the rural environment and its development. As consciousness is taken about the importance of social organization, sociologist´s role becomes more decisive in the projects related to agriculture, rural life and its development. RESUMÈ La sociologie rurale au Brésil I. v. 6, n. 1, p. 7-88, jan./jun. 1978. L’évolution de la sociologie rurale est analysée ici avec ses conditions favorables et défavorables. Depuis la description du processus évolutif des quatre phases de la sociologie, jusqu’aux problèmes relatifs à l’agriculture, à la colonisation, ainsi que l’avenir de la grande culture. Dans la première phase nous pouvons caractériser quelques véritables precurseurs de la sociologie rurale. La deuxième phase au XIX siècle, a pris un grand essor, résultat de la maturité politique du pays. Les problèmes qui ont apparu donnent lieu à des réflexions dont un des résultats fut le remplacement du travail servil par le travail libre. Ces sujets furent traités par des penseurs et des panflétaires. Dans la troisième phase est apparu le mouvement positiviste au Brésil. Ce mouvement a soulevé en Europe, la question sociale à travers Comte, et au Brésil ses adeptes ont fait écho à ces idées. Ce mouvement a eu un concurrent dans un autre domaine, la doctrine de l’évolutionisme de Spencer. Cependant ce fut avec le mouvement moderniste que la sociologie est devenue une science comme témoignent les ouvrages de nos écrivains et de nos poètes qui commencèrent à se tourner vers ce qu’il y a de plus authentique dans notre vie sociale. C’est alors que la sociologie rurale se mit à envisager les problèmes ruraux de manière scientifique. Le processus de transformations sociales que le Brésil connaît alors, favorise les sciences sociales, surtout la sociologie. Cette transformation atteint surtout les villes et laisse la campagne intacte, mais elle influencie l’administration et le système universitaire. Avec la création et l’action de divers organismes administratifs comme la Sudene, Sudam, Incra, et d’autres, on donne plus d’attention au milieu rural et à son développment. A mesure qui’on prend conscience de l’importance de l’organisation sociale, le rôle du sociologue devient plus décisif dans les projets qui concernent l’agriculture, la vie rurale et son développement.

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Como Citar

Rios, J. A. (2011). A sociologia rural no Brasil I. Ciência & Trópico, 6(1). Recuperado de https://periodicos.fundaj.gov.br/CIC/article/view/189

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ARTIGOS